Entramos no mês de outubro e com ele surgem os preparativos para as comemorações de Dia Das Crianças. Como alternativa ao consumismo que a data normalmente estimula, as Feiras de Trocas de Brinquedos convidam mães, pais, famílias e organizações a lidar com os excessos de maneira divertida. Renata Franco, responsável pelo projeto no Instituto Alana conta ao Catraquinha como a prática  vem se espalhando pelo Brasil. O Alana é uma organização que mobiliza a sociedade para os temas da infância e atua no combate à dade infantil no país. Conheça o projeto Criança e Consumo.   "Tudo começou em 2011 quando realizamos algumas feiras em contato com o Movimento Boa Praça. De lá para cá fomos percebendo que o papel do Alana é de ativador e não necessariamente de organizador. Reunimos as experiências e criamos um material de apoio para que qualquer pessoa ou organização possa montar uma feira em seu bairro", descreve Renata.  No site feiradetrocas.com.br é possível encontrar encontrar dicas de como organizar feiras de trocas no parque perto de casa, na escola ou em um encontro menor só entre conhecidos.  Lá também dá para conferir as datas que as feiras vão ocorrer. O Ibope Mídia, que anualmente divulga os dados de investimento tário no Brasil, constatou que foram movimentados cerca de R$ 112 bilhões em 2013 com dade. A televisão permanece a principal mídia utilizada pela dade, representando 70% do investimento. Ao cruzar essa informação com o fato de a criança brasileira passar em média cinco horas 22 minutos e 11 segundos por dia assistindo à programação televisiva (Painel Nacional de Televisores, Ibope 2012) é possível imaginar o impacto da dade na infância. "A sociedade está chamando as crianças para o consumo, mas existem outras formas de se divertir e comemorar. É uma alternativa de lazer não pautada pelo consumo", defende Renata. Em 2012, São Paulo foi palco de mais de 50 feiras simultâneas. Atualmente são mais de 200 feiras mapeadas no Brasil que acontecem em datas alternadas e não só próximas ao 12 de outubro. Afinal dia das crianças é todo dia, não é? Sem os adultos por perto, outro ponto importante da atividade é que ela propicia o diálogo entre as crianças e é um subsídio no exercício da argumentação e da negociação.  Também é comum a criança trocar um objeto de alto valor, como um carrinho de controle remoto, por um outro brinquedo mais simples, como uma boneca de pano. Diferentes realidades Para adaptar essa realidade alguns bairros e organizações encontraram uma solução: as feiras estão sendo expandidas para trocas de brincadeiras e de objetos feitos pelas próprias crianças.