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Artigo

ONU deve discutir medidas mais duras contra leilões de escravos na Líbia
20/05/2021 Priscila Germosgeschi


Escravos negros estariam sendo vendidos a fazendeiros e comerciantes na Líbia
 

Escravos negros estariam sendo vendidos a fazendeiros e comerciantes na Líbia

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) deve discutir medidas mais fortes, possivelmente incluindo sanções, após a denúncia da realização de leilões de escravos na Líbia. A França solicitou uma reunião de emergência do Conselho para esta terça-feira (28).

Há algumas semanas, a emissora americana CNN exibiu um vídeo que mostrava um suposto leilão de estrangeiros da África Subsaariana que seriam escravizados em território líbio.

De acordo com o jornal Hora 1, desde abril, a ONU falava de venda de escravos, mas, até então, não existia flagrante. O vídeo mostra um homem oferecendo homens, todos negros, para fazendeiros e comerciantes. O preço inicial é de 400 dólares (menos de R$ 1,3 mil).

Foto mostra imigrantes em bote na costa da Líbia na tentativa de atravessar o Mediterrâneo, em 6 de novembro de 2017  — Foto: Lisa Hoffmann/Sea-Watch vía AP

Foto mostra imigrantes em bote na costa da Líbia na tentativa de atravessar o Mediterrâneo, em 6 de novembro de 2017 — Foto: Lisa Hoffmann/Sea-Watch vía AP

 

O embaixador francês, François Delattre, afirmou que era preciso avançar para dizer não a “essa situação inaceitável”. Questionado se era possível haver sanções, Delattre disse: "estamos trabalhando em medidas possíveis para lutar contra este flagelo. Não excluímos nada", declarou, segundo a France Presse.

Abusos

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na semana passada que estava horrorizado com as imagens divulgadas pela CNN.

Guterres assinalou que leilões de escravos estão "entre os abusos mais flagrantes dos direitos humanos e podem representar crimes contra a humanidade".

Líderes africanos expressaram sua indignação com as imagens e pediram uma investigação. Um comitê foi criado pelo governo para averiguar o caso.

Em julho, a Líbia fechou um acordo com a Itália, para conter o tráfico de imigrantes e refugiados que passavam pelo país em uma tentativa de chegar à Europa após atravessar o Mediterrâneo. Em troca, a Líbia recebeu investimentos, principalmente, no setor do petróleo. Porém, o número de imigrantes e refugiados, que fogem da fome, da seca e dos conflitos armados, no país aumentou consideravelmente.

Os leilões de escravos relatados pela mídia levantaram dúvidas sobre esses acordos de migração da União Europeia (UE), elaborados para conter as travessias no Mediterrâneo.

Na prática, eles estariam transformando os traficantes de seres humanos em traficantes de escravos, já que um número crescente de migrantes está preso na Líbia, segundo a France Presse.

A Líbia se tornou um enorme centro de trânsito para os africanos subsarianos que iam para a Europa após a queda do ditador Muammar Kadhafi em 2011.

O tema da migração dominará uma cúpula da UE com a União Africana na Costa do Marfim esta semana. Guterres estará presente.

 

Fonte:https://g1.globo.com/mundo/noticia/onu-deve-discutir-medidas-mais-duras-leiloes-de-escravos-na-libia.ghtml

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