Bolsonaro x editorial do GLOBO: ainda o tema do desarmamento
Por: Rodrigo Constantino
Nenhuma dessas armas era de bandidos…
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Nenhuma dessas armas era de bandidos…
Foi com muita satisfação que soube que o livro da historiadora Joyce Malcolm, Guns and Violence, que li há alguns anos, ganharia finalmente uma versão em português. A apresentação, claro, coube ao amigo Bene Barbosa, do Movimento Viva Brasil, que tem lutado com muita garra pelo nosso direito básico de ter uma arma. Abaixo, segue um texto mais antigo que escrevi com base no livro que o leitor agora tem a oportunidade de comprar e ler em nossa própria língua: Guns and Violence “Um homem sábio toma suas próprias decisões, um homem ignorante segue a opinião pública.” (Provérbio chinês) A historiadora Joyce Malcolm escreveu um livro recentemente, com o mesmo título desse texto, sobre a experiência inglesa em relação ao armamento da população. O estudo contempla desde a Idade Média até o presente. Ela cita evidências estatísticas de crescimento da violência apesar de cada vez mais rigorosas leis anti-armamento. Faz também comparações interessantes com os Estados Unidos, onde, apesar de milhões de pessoas serem detentoras de armas, os crimes violentos continuam declinando. Na Inglaterra, as taxas de criminalidade já vinham caindo séculos antes da lei contra o armamento e, de fato, começaram a subir após a aprovação da lei. O que isso tudo quer dizer, no mínimo, é que não existe razão alguma para se considerar o armamento da população como causa relevante da maior criminalidade. São outras as causas, como crescimento das cidades, miséria, impunidade, para dar alguns exemplos. Isso se deve, claramente, ao fato de que os bandidos não deixarão nunca de se armar, sem falar que muitas vezes suas armas são curiosamente as proibidas, permitidas apenas nas Forças Armadas. Em contrapartida, a grande maioria dos detentores de armas seria incapaz de matar uma mosca em situações normais. Claro que, em defesa própria ou da família, eliminariam um bandido por necessidade. Assim, acabar com o direito de auto-defesa do cidadão livre com o pretexto de reduzir a violência não passa de uma farsa. Pesquisando melhor as origens desse tipo de ato, fica ainda mais clara esta evidência. Em 1920, quando foi aprovado um estatuto que eliminava o direito de todos os indivíduos possuírem armas na Inglaterra, a medida fazia parte de um contexto maior, denominado “Defense of the Realm Act”, que concedia ao governo amplos poderes de intervenção na economia em função da guerra. Documentos do gabinete inglês deixavam claro que o temor não estava relacionado com o crime, mas com a desordem e a possibilidade de revolução popular. Após esse período, com a Segunda Grande Guerra, o governo voltou atrás e estimulou a população a se armar. Ou seja, o governo havia assumido o monopólio da defesa pessoal de indivíduos, variando de acordo com seus interesses e medos, e não relacionado a algum medo real de aumento da violência urbana. A Suíça é outro bom exemplo, onde quase toda a população possui armas, sem que isso se reflita em índices elevados de violência. Eles entendem bem o papel do direito à liberdade individual e à defesa pessoal. Justamente por essa razão, lá nunca foi possível um golpe totalitário de algum governo ou mesmo a invasão por outra nação. Aqui no Brasil, esse movimento pelo desarmamento começa justamente por partidos de esquerda. Eles utilizam uma forte propaganda, usando basicamente mulheres, que costumam ser mais impulsivas, criando uma insuportável pressão sobre os homens para aderirem à causa. “Arma? Ou ela ou eu!”, dizem os cartazes. Os que ousam ir contra tal atitude politicamente correta, ou pedem maior debate para um tema tão delicado e complexo, são logo tachados de potenciais criminosos, pessoas violentas ou contra a paz. Que bela inversão dos fatos! Dessa forma, quem agradece são os bandidos, já que o caminho para o crime fica mais livre. Invadir uma residência num país em que é proibido ter armas é uma beleza, negócio quase sem risco. Enquanto as pessoas não entenderem que o debate sobre esses temas complicados precisam ser intensos, mantendo sempre o ceticismo de que outros interesses podem existir nessas atitudes aparentemente nobres, nunca vamos ter um avanço concreto nessas áreas. E confesso que é dura a tarefa de lutar contra os slogans bonitos dos “pacifistas”, “ambientalistas”, “humanitários” e todos esses que muitas vezes não passam de lobos vestidos em pele de cordeiro. Concluindo, sempre que o governo de algum país aparecer com medidas populistas de desarmamento da população, saiba que isso não passa de propaganda ou, num caso mais preocupante, de um interesse obscuro em enfraquecer a população. O direito de auto-defesa pertence ao indivíduo, como o nome já diz. Em uma sociedade livre, não deveríamos nunca abdicar deste direito. O Estado não deveria ter a permissão de se meter em tal assunto, ainda mais quando se trata de um governo incompetente num país violento como o nosso. Rodrigo Constantino
Por Lucas Pessoa Alexandre, do no Instituto Liberal Estava checando meu Facebook quando, de repente, deparo-me com uma postagem de um rapaz, na qual cita um trecho retirado do livro “Conversas Sobre Política”, de Rubem Alves. Dizia o seguinte: “O crime não começa com o dedo que puxa o gatilho, ele começa naquele que fabrica as armas. Pois é claro: quem quer que fabrique uma arma tem uma intenção de morte, da mesma forma como quem fabrica um violão tem uma intenção de música e quem fabrica panela tem uma intenção de comida. Ao punir como criminosos os que puxam os gatilhos e condecorar como heróis os que fabricam armas, o Estado revela sua estupidez moral.” Pois bem, não busco aqui aplicar nenhuma lição no referido responsável pela postagem, também sou estudante. Quiçá não posso sequer incumbi-lo plenamente de responsabilidade pelo ato. Meramente compartilhou umas poucas frases de seu agrado. No entanto, isso não me impede de contrapor a perversidade contida nestas palavras. Afinal, nada me obriga a compactuar com nenhuma linha de pensamento. Se alguém lhe golpeia na cabeça com um pé-de-cabra, quebrando-lhe o crânio, logicamente o agressor é culpado e não a barra de ferro. Se um indivíduo é morto a facadas, o problema está com quem matou, não com o instrumento utilizado. Se a morte é causada no trânsito, a culpa é do motorista ou do carro? Ou então devemos proibir o uso de carros, facas ou de qualquer outro instrumento potencialmente letal, o que poderia incluir até uma simples caneta. É incrível como existem montoeiras de jovens, mal saídos da escola que, ao efeito da primeira influência externa transformam-se em atuantes desarmamentistas, vociferando “abaixo às armas” e atestando que, “o bandido não é culpado por tirar a vida de ninguém, mas sim, as armas”. Graças a Deus, ainda podemos dizer que os criminosos são minoria na sociedade e, embora existam em menor número que os cidadãos honestos, suas facções desfrutam de amplo poder sobre o restante da população. Sim, isso se deve ao seu poder de fogo, das armas, em outras palavras, o poder de matar. Seria então a solução para a questão exigir que o Governo feche as empresas responsáveis pela fabricação de armas? Obviamente, a resposta é não. Se, como diz Rubem Alves, a indústria bélica de um país causasse o recrudescimento da criminalidade, deveríamos ser um dos países mais pacíficos do mundo. Afinal de contas, quem foi que disse que o Brasil é algo significante perante o restante do planeta no quesito “produção de armas”? Somos responsáveis por apenas 0,1% do fabrico de armas de fogo em escala mundial e sua grande maioria nem sequer chega às mãos de nossos habitantes que, por sua vez, são inibidos de adquiri-las pela força externa de uma legislação tirana, dotada de processos burocráticos impossíveis de se cumprir. E, mesmo em posse de uma indústria bélica exígua, assassinamos mais de 56 mil pessoas por ano. Os Estados Unidos que, sozinhos, respondem a um terço da produção total de armas no planeta, por seu turno, contabilizam, aproximadamente, algo entre 14 mil homicídios anuais, considerando-se os dolosos e culposos, além dos 100 milhões de habitantes a mais. Ademais, mesmo que todas as fábricas fossem fechadas, os bandidos continuariam tendo acesso às armas. Presentemente, o armamento dos criminosos provém do contrabando, do tráfico entre fronteiras sul-americanas (até da chamada “fabricação caseira”), mas não da indústria nacional, muito menos pertencia aos cidadãos comuns, como afirmava fervorosamente a atriz global Maitê Proença, na campanha do SIM, em 2005. E, convenhamos, qual pai de família possuía, até 2005, fuzis de 50 mil reais em casa para serem roubados e utilizados no tráfico? Em última instância, por mais impossível que seja, mesmo que conseguíssemos desarmar todos os bandidos, eles continuariam sendo aquilo que são, ou seja, pessoas sem caráter e nem amor ao próximo que enxergam no crime a forma mais fácil para satisfazer seus vícios e prazeres mais sórdidos; são culpados de seus atos, e cabe a nós, cidadãos de bem, defender-nos destes indivíduos, e o único meio de legítima defesa realmente eficaz se dá pelo uso das armas. Apenas isso já basta para revelar o quão presunçoso e falso é o conteúdo deste excerto. Mas podemos ir além. “(…) quem quer que fabrique uma arma tem uma intenção de morte, da mesma forma como quem fabrica um violão tem uma intenção de música e quem fabrica panela tem uma intenção de comida. (…) ’’ . Suponhamos, a partir destas afirmações, que a intenção do consumidor equipare-se à daquele que produz em uma relação de interdependência. Exemplificando: é necessário que o violão produza um bom som para que agrade os clientes e venda bem, logo, o fabricante deve se preocupar em fornecer um produto apto a emitir boa melodia. O consumidor, por sua vez, deseja adquirir um instrumento de excelência – ou, no mínimo, bom o suficiente para tocar. Desta forma, fabricante e cliente ficam satisfeitos (este com a nova aquisição, aquele com a nova venda), sem que percam a intenção fundamental, a música. Contudo, no caso das armas, ao suprimir dos fabricantes a intenção de proteção familiar, a qual esteve presente em suas propagandas durante décadas, o “co-autor” da Teologia da Libertação reduz proteção e defesa em desejo de matar, mesmo tendo plena consciência de que tirar a vida de outrem em legítima defesa não é homicídio e nem pecado. Disso tudo concluímos que, todos, absolutamente todos aqueles que possuem armas de fogo são homicidas de plantão, esperando a hora certa para nos meter uma bala nos miolos. Assim sendo, o conjunto total de caçadores, atiradores esportivos, colecionadores de armas, cidadãos comuns que as possuem (mesmo que legalmente) e até os policiais são covardemente rebaixados à condição de assassinos – não importando se jamais cometeram um crime ou se apresentam boa índole. Ou seja, ao mesmo tempo em que absolve o comportamento do assassino, Rubem Alves inculpa toda a sociedade honesta, classificando-a como imprudente e incapaz de viver em liberdade sem que o Estado dite as regras, mesmo aquelas mais invasivas à individualidade e propriedade privada. Este pensamento artificial, pseudomilagroso, tanto quanto sedutor e de fácil assimilação é despejado aos montes aos nossos ouvidos diuturnamente. Cabe a nós investigá-lo, buscando as retrospectivas da ideologia desarmamentista (que não é nada exemplar) para, só então, tomarmos posição a respeito. Não cairemos nesta lábia maligna que há anos assola nosso país.
Fonte: UOL
Tem que ter um gosto muito suspeito para não achar essa imagem um tanto sexy. Se a ex-BBB tivesse posado para uma foto fazendo sexo com sua parceira, aliás, talvez não causasse tanta comoção. Era capaz de a turma “progressista” achar o máximo e usar em escolas infantis para combater o preconceito. Ou se ela estivesse fumando um cigarro ilegal de maconha, não haveria ataque algum. Quem sabe se ela estivesse enfiando uma cruz em suas partes íntimas em frente a crianças em um evento cristão, ela conseguisse até a capa dos jornais como uma “protestante” legítima. Mas segurando duas armas?! Não pode! Um horror! Criminosa! É tudo tão ridículo que passamos a achar a eterna duração do BBB o menor dos males que assolam nosso país… Rodrigo Constantino
Fonte: GLOBO
Os dados vão até 2006. O artigo do professor Bene foi escrito em 2010. Não sei como a situação mudou, se mudou, desde então. Mas arrisco dizer que deve ter até melhorado. Eis o que ele diz:
Diz algo assim: “Não mexam com o Texas. Nossos cidadãos possuem armas escondidas. Se você matar alguém, Nós vamos matá-lo em seguida. Nós gostamos de tiroteios – é uma tradição texana. Nós temos 120 prisões – aproveite sua estadia.” Convenhamos: uma placa dessas intimida mais os bandidos e marginais do que outra dizendo “Sejam bem-vindos! Ninguém nesse local possui armas. Aproveite sua estadia”. Desarmar inocentes ajuda no combate ao crime? Só no mundo encantado da esquerda caviar… que, em choque de realismo, costuma andar com seguranças armados, carros blindados ou morar em prédios cercados por guaritas. Mais fácil, né?
DF vai proibir armas de brinquedo. Uma das primeiras notícias que li nesse sábado. Pensei se tratar de uma brincadeira, mas nesse país, tudo se espera. Para minha tristeza, a coisa é séria: O Distrito Federal (DF) vai proibir a comercialização e distribuição de armas de brinquedo. A Câmara Legislativa do DF aprovou um projeto de lei, inédito no país, que impede a venda de armas que disparem bolinhas, luzes a laser ou façam qualquer tipo de barulho que permita alguma associação com arma de fogo. A medida aguarda sanção do governador Agnelo Queiroz. A iniciativa do projeto de lei partiu do Executivo local, que considerou os índices de criminalidade na região. Segundo a Polícia Militar, em 2012, armas de brinquedo representaram 12% do total das armas apreendidas com criminosos nas ruas do DF. A proibição da venda dos brinquedos não inclui armas de ar comprimido, como airsoft e paintball, e também exclui da proibição armas utilizadas em práticas desportivas, desde que adquiridas por pessoas maiores de 18 anos associadas a instituições esportivas. Os comerciantes ficarão obrigados a afixar mensagem padrão em local visível, com a informação de que o estabelecimento não comercializa armas de brinquedo. Quem descumprir a lei, pode receber desde advertência escrita até multa de R$ 100 mil, suspensão das atividades e a cassação da licença de funcionamento. Após a sanção da lei, o governo do Distrito Federal terá 120 dias para regulamentá-la. Quando entrar em vigor, a nova lei também instituirá a Semana do Desarmamento Infantil, no mês de abril, período destinado a reflexões, palestras e eventos voltados ao debate do tema. Semana do Desarmamento Infantil? O país perdeu o juízo? O grau de infantilidade chegou a esse patamar? Então bandidos usam armas de brinquedo, em 12% dos casos de armas apreendidas com criminosos? E se eles usarem facas? Vamos vetar as facas também? E se usarem canivetes? Ou cacos de vidro apontados para o pescoço das donzelas? O governo é incapaz de cumprir com uma de suas funções mais básicas, que é a segurança, e sai atacando sintomas, tolhendo a liberdade dos outros, inclusive das crianças. Sou do tempo em que “polícia e ladrão” era uma ótima brincadeira, e sim, usávamos armas de brinquedo. Proibir isso com um discurso de que criminosos de verdade utilizam tais armas é simplesmente absurdo! Sobre a tal Semana do Desarmamento Infantil, nem sei o que dizer. É patético demais! Coisa de sociólogo e psicólogo de esquerda que culpa jogos, brincadeiras, filmes e videogames pela criminalidade no mundo. Ou seja, coisa de gente desconectada da realidade, que ignora estatísticas e a própria natureza humana, ainda sonhando com um ser romantizado por Rousseau, bondoso, que é corrompido pela “sociedade”. Crianças japonesas brincam com armas e há baixa criminalidade? Crianças canadenses brincam com armas e há reduzida taxa de homicídios? Não importa! Vamos culpar as armas pelos nossos crimes, inclusive as de plástico! Michael Moore vai adorar. É tudo culpa dos objetos inanimados! E proíbe logo a trilogia do Bourne, feita pelo esquerda caviar Matt Damon, pois isso é um convite ao crime. Já pensou, alguém ir ao cinema ver esses filmes e ter acesso a uma pistola de plástico? É claro que só pode dar em assaltos e assassinatos! Que brincadeira mais sem graça essa… Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/tags/desarmamento/