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Artigo

Polícia Federal Irá Reforçar Combate Ao Tráfico De Animais Silvestres
21/06/2019 Priscila Germosgeschi

Polícia Federal irá reforçar combate ao tráfico de animais silvestres

Polícia Federal e Ibama atuarão em conjunto no combate ao tráfico de animais silvestres. A ministra Marina Silva destacou a necessidade de envolver a sociedade no combate a este tipo de crime.

A Polícia Federal lançou ontem (02/09), no Ministério da Justiça, em Brasília uma campanha contra o tráfico de animais e a biopirataria, chamada "Operação Drake II". A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que participou da solenidade, considera importante a integração entre Polícia Federal e Ibama, pois reforça o combate ao tráfico de animais, mas destacou a necessidade de adesão da sociedade à campanha para que haja efeito. "Nem a Polícia Federal nem o Ibama têm como estar em cada ponto da fronteira. É preciso a participação da sociedade no processo para que ele não fracasse", afirmou a ministra.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, defendeu a modificação na Lei de Crimes Ambientais para aumentar a pena por tráfico de animais silvestres. O objetivo é tornar o crime inafiançável. O cartaz da campanha foi desenhado por Ziraldo. A Polícia Federal anunciou, ainda, a criação de delegacias especializadas em crimes contra o meio ambiente e patrimônio histórico nas 27 unidades da federação. A primeira foi inaugurada ontem no Distrito Federal.

Segundo estimativas da Interpol, o tráfico de animais silvestres movimenta cerca de US$ 10 bilhões ao ano e 15% deste total envolvem animais da fauna brasileira. A estimativa é de que, a cada ano,12 milhões de animais sejam capturados ilegalmente no Brasil e 30% deles sejam enviados ao exterior. O tráfico é um dos fatores que aumentam o risco de extinção de diversas espécies. Cálculos de instituições de pesquisa apontam que 25% das espécies de mamíferos do planeta e 12% das espécies de aves encontram-se ameaçadas de extinção.

Nos últimos 30 dias, os policiais federais vêm aumentando as ações de combate aos crimes ambientais. Durante esse período, foram apreendidas duas toneladas de carne de jacaré, três mil ovos de tracajá - uma espécie de tartaruga -, cerca de uma tonelada de Tambaqui e 800 quilos em mantas de pirarucu. Uma das ações resultou, no mês passado, na prisão de um estrangeiro que tentava embarcar com 58 ovos de araras azuis presos ao redor da cintura, no Aeroporto Internacional dos Guararapes, em Pernambuco. Outro caso foi o de uma dona de casa detida no Rio de Janeiro que pretendia viajar com um mico de menos de 15 centímetros preso aos cabelos.

A Polícia Federal esclarece que o objetivo principal do Projeto Drake é combater o tráfico internacional de espécies silvestres da fauna e da flora e sua variante, a biopirataria. As 27 novas delegacias contarão com agentes treinados para bloquear furto da biodiversidade do país. O delegado Jorge Pontes informou que, não só a repressão, mas também a campanha educativa com cartazes espalhados pelos aeroportos já têm produzido efeitos inibidores nos criminosos.

Fonte: http://www.mma.gov.br/informma/item/1483-policia-federal-ira-reforcar-combate-ao-trafico-de-animais-silvestres

 

Tráfico de animais é o quarto negócio ilegal mais lucrativo do mundo

  Santuário de Elefantes Brasil/Divulgação  
O tráfico de vida selvagem ameaça a biodiversidade do planeta e coloca em perigo de extinção espécies como os elefantes, os rinocerontes e os tigres
O tráfico coloca em perigo de extinção espécies como os elefantes, os rinocerontes e os tigres
MARIETA CAZARRÉ DA AGÊNCIA BRASIL
Estima-se que entre 20 mil e 30 mil elefantes são abatidos por ano ilegalmente. Desde 2007, o comércio ilegal de marfim mais do que duplicou. O tráfico de vida selvagem ameaça a biodiversidade do planeta e coloca em perigo de extinção espécies como os elefantes, os rinocerontes e os tigres. O tráfico de espécies selvagens é, de acordo com a Comissão Europeia, o quarto negócio ilegal mais lucrativo do mundo, atrás apenas do tráfico de drogas, de seres humanos e do comércio de armas. Estima-se que o lucro anual da atividade gire em torno de 8 bilhões a 20 bilhões de euros. O Parlamento Europeu debate nesta quarta-feira (23) um relatório que aborda a forma como a União Europeia e os estados-membros devem intensificar os esforços para combater o tráfico de espécies selvagens. O documento foi elaborado pela eurodeputada britânica Catherine Bearder, que defende a aplicação rigorosa das regras existentes de combate ao tráfico e o reforço na cooperação entre países de origem, consumidores e de trânsito. "As causas são, sobretudo, a procura do mercado e a falta de conhecimento do comprador. É mais fácil traficar marfim e chifre de rinoceronte do que drogas. O marfim é mais valioso do que a platina. [Os criminosos] enviam o marfim para a China e regressam da China com drogas ou armas. É por isso que é necessário que a União Europeia trabalhe em conjunto. Precisamos que a Europol (Serviço Europeu de Polícia) lide com esse tipo de crime como um crime organizado", afirma Catherine.
Nos últimos anos, o tráfico de vida selvagem alcançou níveis sem precedentes e a procura global por fauna e flora selvagens e produtos derivados não para de aumentar, segundo informações do Parlamento Europeu. Além disso, o baixo risco de detenção e as elevadas contrapartidas financeiras atraem cada vez mais os criminosos organizados, que utilizam os lucros para financiar milícias e grupos terroristas. Os produtos traficados são vendidos por meio de canais legais e os consumidores, muitas vezes, não estão conscientes de sua origem ilegal. Em fevereiro deste ano, a Comissão Europeia adotou um plano de ação para combater o tráfico de animais selvagens. A região é origem, trânsito e destino do tráfico de espécies ameaçadas de extinção e de espécimes vivos e mortos da fauna e da flora selvagens. A União Europeia destinou 700 milhões de euros para a aplicação do plano, entre 2014 a 2020. As prioridades do plano de ação são a prevenção do tráfico, a redução da oferta e da procura de produtos ilegais da fauna e da flora selvagens, a aplicação das regras vigentes e o combate à criminalidade organizada por meio da cooperação entre os serviços de polícia competentes, designadamente a Europol. Também é prioridade a cooperação entre os países de origem, de destino e de trânsito, incluindo apoio financeiro da União Europeia para proporcionar fontes de rendimento a longo prazo às comunidades rurais que vivem em zonas de extensa fauna selvagem. ESPÉCIES SELVAGENS Não são apenas os animais que sofrem com o tráfico de vida selvagem. Esse crime põe em risco também a sobrevivência de muitas espécies vegetais, como árvores de madeiras tropicais, corais e orquídeas. O tráfico ainda gera corrupção, faz vítimas humanas e priva as comunidades mais pobres de receitas que lhes são necessárias. Dados do Parlamento Europeu mostram que enquanto em 2007, na África do Sul, foram mortos ilegalmente 13 rinocerontes, em 2015 o número subiu para 1.175 animais abatidos. A maioria dos 20 mil rinocerontes ainda existentes no mundo está naquele país. Os chifres do animal são usados na medicina asiática para tratamentos diversos, inclusive de câncer. Também são usados em joalheria e decoração.
  Maria Diekmann/Flickr  
Em várias partes da Ásia, a carne de pangolim é considerada uma iguaria
Em várias partes da Ásia, a carne de pangolim é considerada uma iguaria
Há um século, a estimativa é que a população de tigres no mundo chegava a 100 mil. Hoje, se resume a 3.500 animais. Os dentes, os ossos e a pele são utilizados na confecção de artigos de decoração, enquanto os ossos são usados pela medicina tradicional asiática. Os pangolins, que também correm risco de extinção, são os mamíferos mais traficados do mundo. Esses animais são consumidos como alimento e suas escamas são usadas para fins medicinais. Estima-se que, entre 2007 e 2013, mais de 107 mil espécimes foram confiscados como contrabando.  Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2016/11/1834723-trafico-de-animais-e-o-quarto-negocio-ilegal-mais-lucrativo-do-mundo.shtml  

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