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3 DE MAIO DE 2019
Sebastião Salgado, fotojornalista brasileiro é reconhecido mundialmente pelo trabalho que desenvolve junto ao povo oprimido e sem teto. Sua obra expressa poderosamente a preservação da natureza em todos os aspectos.
Sebastião Ribeiro Salgado Júnior nasceu no dia 8 de fevereiro de 1944, na cidade de Aimorés, Minas Gerais. Filho único de um fazendeiro que desejava que ele se tornasse advogado. Em vez disso, ele estudou economia na Universidade de São Paulo.
Sebastião Salgado e Lélia Wanick
Em 1964, casou-se com a arquiteta e urbanista Lélia Deluiz Wanick. Enquanto trabalhava como economista para o Ministério das Finanças no período de 1968-69, juntou-se ao movimento popular contra o governo militar do Brasil. Visto como um radical político, Salgado foi exilado em agosto 1969. Ele e sua esposa, fugiram para a França, onde deu segmento aos estudos na Universidade de Paris.
Em 1971, enquanto estava em uma designação em Ruanda como economista da Organização Internacional do Café, ele tirou suas primeiras fotografias e logo decidiu se dedicar a essa arte. Ele se tornou um fotojornalista freelancer em 1973.
Em 1974 nasceu seu primeiro filho, Juliano e em 1979, seu segundo filho Rodrigo, que é portador da Síndrome de Down.
Em 1977, Salgado iniciou um projeto denominado Outras Américas, onde ele registrou os povos indígenas da América Latina. Esse trabalho foi concluído após sete anos de viagens iniciadas no litoral do Nordeste Brasileiro e percorrendo depois pelo Chile, Bolívia, Peru, Equador, Guatemala e terminando no México. Esse projeto lhe trouxe o Prêmio Cidade de Paris/Kodak pelo seu primeiro livro fotográfico.
Na tumultuada década de 70, Salgado fotografou uma ampla variedade de assuntos, incluindo a fome na Nigéria e a Guerra Civil em Moçambique. Em 1979, ele se juntou à prestigiada Agencia Magnum Photos para fotojornalistas, e dois anos depois ele ganhou destaque nos Estados Unidos com uma fotografia polêmica quando capturou a tentativa de John Hincklev de assassinar o presidente Ronald Reagan.
Em meados dos anos 1980, Sebastião Salgado começou a dedicar-se quase inteiramente a projetos de longo prazo que contavam uma história através de uma série de imagens. Por esta altura ele também estabeleceu o seu estilo: fotografias apaixonadas baseadas em grande beleza formal e composições fortes , que expressam uma sensação de nobreza relacionados com seus assuntos dedicados aos seres oprimidos. Em 1986, lançou Homem em Perigo, um livro sobre a fome registrada na região do Sahel, na África.
Em 1990 lançou Serra Pelada, onde foram registradas em 1986 os trabalhadores cobertos de lama na Mina de Ouro de Serra Pelada, no Brasil.
Em 1993, a reputação internacional de Salgado foi confirmada quando sua Exposição Retrospectiva “Esforço Humano” foi mostrada no Museu Nacional de Arte Moderna de Tóquio. Foi a primeira vez na história dos museus nacionais do Japão que as obras de um fotógrafo individual foram exibidas. Nesse mesmo ano ele u o livro “Trabalhadores” , um retrato épico da classe trabalhadora. Quatro anos depois Terra: A luta dos sem-terra recebeu uma tremenda aclamação da crítica. A coleção de fotografias em preto e branco realizadas entre 1980 e 1996 documenta a situação dos trabalhadores empobrecidos no Brasil; o trabalho inclui um prefácio do romancista português José Saramago, além de poemas do cantor e compositor brasileiro Chico Buarque de Holanda.
Na década de 1990, Salgado registrou o deslocamento de pessoas em mais de 35 países, e suas fotografias desse período foram coletadas em Êxodos – Migrações: Humanidade em Transição (2000).
Em 1998, Salgado e sua esposa Lélia, ajudaram a fundar o Instituto Terra, um projeto que pretendia restaurar uma parte degradada da floresta tropical no estado de Minas Gerais, Brasil.
Muitas de suas fotografias africanas foram reunidas na exposição África (2007).
Em Gênesis (2013) reuniu os resultados de uma pesquisa global de oito anos sobre a vida selvagem, a paisagem e as culturas humanas não corrompida pelo ataque da modernidade e industrialização.
Em 2014, com seu filho Juliano, ao lado do diretor alemão Win Wenders, dirigiu o documentário O Sal da Terra que retrata a vida do fotógrafo. A obra foi indicada ao Oscar de melhor Documentário, o qual recebeu vários prêmios.
Entre os prêmios que já recebeu, podemos citar o World Press (Holanda, 1985), o Oscar Barnack (Alemanha, 1985 e 1992), o Erna e Victor Hasselblad (Suécia, 1989), e o prêmio de Fotojornalismo do International Center of Photography (EUA, 1990). Recebeu ainda diversas outras honrarias, sendo representante especial da Unicef e membro honorário da Academia das Artes e Ciências dos Estados Unidos.
Salgado e sua esposa Lélia durante o documentário “O Sal da Terra”
O casal Sebastião e Lélia, residem em Paris desde o exílio, 1969. Sua esposa muito companheira, é também dedicada ao trabalho de fotografia, direção de arte e é a curadora dos projetos do marido.
Confessou Sebastião Salgado uma vez em entrevista:
“Você não fotografa com a sua máquina, você fotografa com toda a sua cultura.”
“A França é muito importante para mim. Passei mais tempo aqui do que no Brasil, que é minha origem, minha raiz. A composição dessas duas nações fez o que sou hoje.”
GALERIA DE ALGUMAS OBRAS
Suas fotos sempre em preto e branco, apresentam imagens fortes e impactantes, algumas até muito tristes que nos levam a refletir sobre as injustiças e desigualdades existentes no mundo, ao mesmo tempo, observamos a genialidade desse grande fotógrafo que é capaz de enxergar e registrar o que o mundo não quer ver.
ÊXODOS – Etiópia, 1984
Serra Pelada. 1986
México – Outras Américas
Gênesis. 2004
Trabalhadores (Homens em perigo)
Gênesis – Elefante no Parque Nacional na Zâmbia (África)
“O café é o ganha-pão de aproximadamente 25 milhões de pessoas em 42 países. E foi para estas pessoas, donos de pequenas propriedades e trabalhadores de grandes plantações, que dediquei minha atenção fotografando-os na América Latina, na África e na Ásia. Para estes trabalhadores café e vida são coisas inseparáveis. E tem sido assim há séculos, ao longo de gerações. O café define as estações do ano, o ritmo do trabalho, sua renda, seu bem-estar”
– Sebastião Salgado
Trabalhadores na colheira de café
Em expedição na Amazônia, o fotógrafo brasileiro documenta os índios Suruwahas, que vivem sem cacique ou qualquer outra hierarquia em uma pequena comunidade isolada.
Temos aqui, uma família inteira registrada na proa de uma canoa.
“Os retratos de Sebastião Salgado nos mostram um aspecto múltiplo da dor humana. São de uma franqueza brutal essas imagens de fome e de pena, e no entanto, têm respeito e pudor. Nada a ver com o turismo da miséria…”
– Eduardo Galeano (jornalista)
Projeto Terra
Fonte:
https://arteeartistas.com.br/biografia-de-sebastiao-salgado/